Genética Humana: Distrofia Miotônica Tipo 1



A Distrofia Miotônica Tipo 1 (conhecida também como distrofia de Steinert) é uma doença autossômica dominante causada por uma expansão da repetição de trinucleotídeos CTG na região não traduzida do gene DMPK, no cromossomo 19q13. Valores acima de 50 repetições são patogênicos. A severidade da doença varia de acordo com o número de repetições. Indivíduos normais possuem de 1 a 37 repetições, pessoas com quadro moderado possuem de 50 a 150 repetições, enquanto aqueles com o quadro clássico possuem de 100 a 1000 repetições, já os que nascem com a forma congênita possuem mais de 2000 repetições. A doença possui antecipação genética, ou seja, tende a se apresentar cada vez mais severa e precoce em gerações posteriores.
A idade de apresentação clínica varia de acordo com o número de repetições, bem como o quadro clínico. Em geral, o diagnóstico é feito quando o indivíduo tem, em média, de 20 a 30 anos.
A penetrância é variável, porém, incompleta.

Fenótipo: Miotonia, distrofia muscular, catarata, hipogonadismo, calvície frontal e alterações no eletrocardiograma.

Fisiopatologia: A alteração na sequência gênica leva a RNAs mensageiros anormais, os quais se agregam no núcleo da célula e sequestram proteínas que participam do metabolismo de RNA, gerando alterações genéticas abrangentes. Por exemplo, a DM Tipo 1 altera o splice do transcrito do canal de cloro e do receptor de insulina, dando o quadro clínico de, respectivamente, miotonia e resistência à insulina.


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