Resumo 2 - Histologia - T. Conjuntivo
O propósito do blog é também ajudar estudantes de medicina e cursos da saúde. Esse post é destinado especificamente ao ensino superior. Aqui está um resumo de tecido conjuntivo, esse resumo possui algumas informações e imagens adicionais em relação ao anterior. Esse resumo também foi feito por mim na ocasião de estudo para a prova de histologia (:
Tecido conjuntivo
- É um tecido com grande quantidade de matriz extracelular
- Origem mesodérmica
- Composto de diferentes tipos de células
- Matriz extracelular complexa
- O tecido conjuntivo se origina do mesênquima, um tecido conjuntivo primitivo com potencialidade de formar os variados tipos e subtipos de tecido conjuntivo. As células do mesênquima, células mesenquimais, são formadas a partir de células do folheto intermediário do embrião, o mesoderma, no fim do primeiro mês de vida intrauterina. Algumas porções do mesênquima da cabeça podem ter origem diferente desta que foi mencionada. Celulas mesenquimais persistem durante toda a vida do indivíduo e funcionam como células-tronco para a reposição ou nova formação de tecido conjuntivo. As células mesenquimais fazem parte da população de células-tronco do organismo.
- Pode-se dividir as células do tecido conjuntivo em duas populações:
Células residentes: são componentes habituais e permanentes do tecido conjuntivo. Em um tecido conjuntivo do tipo propriamente dito, as células residentes são o fibroblasto, o macrófago, o mastócito e a célula mesenquimal. Nos vários outros tipos e subtipos de tecido conjuntivo podem existir outras células residentes, como por exemplo, as células cartilaginosas na cartilagem, células ósseas no osso e assim por diante.
Células transientes: são células que estão migrando pelo tecido conjuntivo, vindas principalmente do sangue. Fazem parte destas células os leucócitos ou glóbulos brancos do sangue. A função destas células na defesa do organismo contra moléculas estranhas e microrganismos é exercida quase que inteiramente no tecido conjuntivo. A presença destas células nos diferentes locais de tecido conjuntivo do corpo é variável e depende frequentemente de sinais químicos transmitidos por exemplo por células inflamatórias, que estimulam a saída dos leucócitos dos vasos sanguíneos e seu acúmulo no tecido conjuntivo.
Células residentes: são componentes habituais e permanentes do tecido conjuntivo. Em um tecido conjuntivo do tipo propriamente dito, as células residentes são o fibroblasto, o macrófago, o mastócito e a célula mesenquimal. Nos vários outros tipos e subtipos de tecido conjuntivo podem existir outras células residentes, como por exemplo, as células cartilaginosas na cartilagem, células ósseas no osso e assim por diante.
Células transientes: são células que estão migrando pelo tecido conjuntivo, vindas principalmente do sangue. Fazem parte destas células os leucócitos ou glóbulos brancos do sangue. A função destas células na defesa do organismo contra moléculas estranhas e microrganismos é exercida quase que inteiramente no tecido conjuntivo. A presença destas células nos diferentes locais de tecido conjuntivo do corpo é variável e depende frequentemente de sinais químicos transmitidos por exemplo por células inflamatórias, que estimulam a saída dos leucócitos dos vasos sanguíneos e seu acúmulo no tecido conjuntivo.
- As macromoléculas que mais caracterizam a matriz extracelular do tecido conjuntivo são glicoproteínas, glicosaminoglicanas e proteoglicanas, cuja composição molecular, quantidade e proporção relativa variam nos diferentes tipos de tecido conjuntivo e nos diferentes locais e órgãos do organismo. Várias das proteínas se organizam em longas estruturas de espessura e comprimento variáveis formando filamentos. Os filamentos mais calibrosos são visíveis ao microscópio de luz e são chamadas fibras do tecido conjuntivo e constituem a matriz extracelular fibrilar. A parte da matriz extracelular que é formada por macromoléculas, como glicosaminoglicanas e proteoglicanas, que não se organizam em filamentos é chamada de matriz extracelular fundamental (ou amorfa). Esta parte da matriz nem sempre é bem preservada nos preparados histológicos e nem sempre se cora muito bem pela hematoxilina e eosina. É pouco visível nos preparados rotineiros onde é responsável pelo aspecto aparentemente “vazio” de muitos locais da matriz.
- Funções do tecido conjuntivo:
Sustentação de outros tecidos e órgãos e do corpo como um todo
Preenchimento de espaços entre outros tecidos e estruturas e adesão entre tecidos para a estruturação de órgãos
Meio de passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Exerce um papel importante na nutrição de células de outros tecidos facilitando a difusão de gases, nutrientes e metabólitos entre o sangue e os tecidos
Reserva energética nas células adiposas
Defesa do organismo através dos órgãos linfoides, das células linfoides e do sistema mononuclear fagocitário, todas estas células pertencentes ao tecido conjuntivo
Defesa do organismo pela participação de suas células na resposta inflamatória e por ser sede da maioria das respostas inflamatórias;
Produção de células sanguíneas pela medula hematopoiética.
Sustentação de outros tecidos e órgãos e do corpo como um todo
Preenchimento de espaços entre outros tecidos e estruturas e adesão entre tecidos para a estruturação de órgãos
Meio de passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Exerce um papel importante na nutrição de células de outros tecidos facilitando a difusão de gases, nutrientes e metabólitos entre o sangue e os tecidos
Reserva energética nas células adiposas
Defesa do organismo através dos órgãos linfoides, das células linfoides e do sistema mononuclear fagocitário, todas estas células pertencentes ao tecido conjuntivo
Defesa do organismo pela participação de suas células na resposta inflamatória e por ser sede da maioria das respostas inflamatórias;
Produção de células sanguíneas pela medula hematopoiética.
Matriz extracelular fibrilar
A matriz extracelular fibrilar predomina em volume sobre a matriz fundamental na maioria dos tipos de tecido conjuntivo. Esta matriz é composta por três tipos de fibras: colágenas, elásticas e reticulares.
- Fibras colágenas: são constituídas pela proteína colágeno, denominação que na verdade se refere a uma família de pelo menos 40 moléculas que têm várias características em comum. O colágeno é sintetizado e secretado por células do tecido conjuntivo, principalmente pelos fibroblastos, células do tecido ósseo e do tecido cartilaginoso, assim como por células de outros tecidos. A proteína mais comum é o colágeno tipo I. As fibras colágenas são formadas por colágeno tipo I associado a quantidades menores de moléculas de colágenos de outros tipos moleculares. As moléculas de colágeno tipo I associadas a moléculas de outros tipos formam fibrilas visíveis ao microscópio de luz. As fibrilas se reúnem em fibras de calibres bastante diversos, visíveis ao microscópio de luz. As fibras, por sua vez, podem se reunir em feixes. As fibras colágenas têm diâmetro bastante variável e aparecem bem coradas por corantes ácidos.
- Fibras elásticas: são constituídas por um outro grupo de proteínas que se reúnem em fibras de diferentes tipos e que em conjunto constituem o se chama de sistema elástico. São dotadas de elasticidade e, da mesma forma como molas, voltam ao tamanho e forma originais após sofrerem pressão ou distensão. Nos alvéolos, as fibras elásticas são estiradas na inspiração e voltam a sua forma durante a expiração.
- Fibras reticulares: são muito delgadas, os espaços das malhas destas redes são ocupados por células se apoiam nas fibras. São compostas principalmente de colágeno tipo III associado a outros tipos de colágeno e a moléculas não-colagênicas.
Figura 1: fragmento de mesentério corado para demonstrar fibras elásticas. Estas aparecem coradas em púrpura, seu calibre é muito homogêneo e podem ser ramificadas, organizando-se como uma rede.
Figura 2: Fibras elásticas e colágenas em mesentério. As principais diferenças das fibras colágenas em relação às elásticas são: a) espessura variável; b) trajeto tortuoso; c) são acidófilas.
Figura 3: Fibras elásticas na aorta
Figura 4: Tecido conjuntivo com grande parte ocupado por fibras colágenas. Nota-se coloração das fibras em cor de rosa pela eosina: acidofilia, grande variação de calibre, mudança de direção das fibras, arranjo não organizado das fibras.
Figura 5: Exemplo de fibras colágenas
Figura 6: A imagem acima é um bom exemplo da rede formada pelas fibras reticulares. É de um baço, um órgão em que predominam linfócitos. Os linfócitos são células livres migratórias e que quando estão no baço ocupam as delicadas malhas de suas fibras reticulares
Figura 7: Exemplo de fibras reticulares
Células Residentes
Tecido conjuntivo propriamente dito = tecido conjuntivo não especializado. Nesse tecido, a célula mais comum é o fibroblasto. O fibroblasto é uma célula muito importante, pois sintetiza e secreta a maior parte da sua matriz extracelular e também digere e reabsorve a matriz. Portanto, além de produzir, o fibroblasto controla a quantidade e a qualidade da matriz, obedecendo a sinais emitidos pelo organismo ou a sinais originados localmente. Sua quantidade aumenta pela diferenciação de células mesenquimais em função de necessidades do organismo. Um bom exemplo de aumento da sua quantidade é durante uma cicatrização, em que o organismo repõe matriz extracelular perdida por um processo físico ou infeccioso.
Figura 8: Note: a) fibras colágenas, acidófilas, coradas em rosa pela eosina. São fibras de tamanho, espessura e direção variáveis. b) Fibroblastos, células que são a maioria das células presentes nesta imagem. São as células com núcleos alongados. Seu citoplasma praticamente não é visível.
Resumo 2 - Histologia - T. Conjuntivo
Reviewed by Anônimo
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20:11
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